Com início de suas atividades no século XIX, a Legião Estrangeira Francesa
é um dos mais antigos contingentes de soldados da Europa e o mais
tradicional grupo de combate do Velho Continente. Seu objetivo inicial
foi sobrepor os interesses franceses contra os países que tentavam
dominar as colônias francas na África, assim como evitar rebeliões de
independência nestas nações. Além disso, tinham a função de manter a
colonização em locais como o Oceano Pacífico, América do Sul e Caribe.
A Primeira Legião formou-se no ano de 1831, quando toda a Europa
passava por um período turbulento. Após o rei Carlos X da França ser
deposto, suas tropas passaram para o comando de Luís Filipe I de França,
que transformou-as na Legião Estrangeira Francesa após um decreto
oficial feito no dia 10 de março de 1831.
Então foram reunidas diversas tropas estrangeiras do Exército da
França, entre elas as Guardas Suíças e o Regimento Hohenlohe, uma
unidade de soldados estrangeiros. Estes dois grupos formaram o primeiro
batalhão. Já o segundo e o terceiro batalhão foram formados para receber
suíços e alemães. No quarto batalhão eram os espanhóis e portugueses
que empunhavam as armas, no quinto, os sardos e italianos, no sexto, os
belgas e, no sétimo, os polacos.
Em 1832 deu-se o batismo de fogo da Legião Estrangeira Francesa. No
dia 27 de abril daquele ano, o terceiro batalhão entrou efetivamente em
ação na Argélia, iniciando as operações militares do grupo. Oito meses
depois, a Legião Estrangeira Francesa enfrentou os homens de Adl
El-Kader, que lutavam pela liberdade argeliana. Esse confronto ficou
conhecido como batalha de Sidi-Chabal.
Entre 1835 e 1839, o ministro francês Adolphe Thiers persuadiu o
governo de seu país a enviar a Legião à Espanha com o objetivo de
auxiliar a Rainha Isabel II de Espanha na Guerra Carlista. Com a
autorização do rei Luís Filipe, a Legião rumou para o país, onde
combateu sem nenhum reforço até 1839, ano em que a Rainha deu licença
aos soldados que ainda estavam vivos.
Em 1835 surge a Nova Legião Estrangeira Francesa, criada também pelo
rei francês Luís Filipe. Neste novo grupo, havia três batalhões que
continuavam sustentando as operações dos soldados franceses na Argélia.
Desta forma, outros batalhões foram surgindo e os soldados eram
coordenados de acordo com as necessidades dos comandantes e as novas
guerras que iam aparecendo.
Outros exemplos de conflitos em que a Legião Estrangeira Francesa participou são: A Guerra da Criméia (1853-1856), A campanha da Itália (1859), A campanha do México (1863-1866), A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), O Protetorado de Tonkin (1883-1885), A batalha de Dien Bien Phu (1954), entre outros.
Para participar da Legião Estrangeira Francesa o candidato precisa
ser do sexo masculino; ter entre dezessete e quarenta anos, portar um
documento de identidade válido internacionalmente, ou seja, um
passaporte válido, ser solteiro; e ser alfabetizado no seu país (idioma)
de origem.
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