sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

França manterá 1.000 soldados da Legião Estrangeira no Mali.


A França propôs manter uma força permanente com 1.000 soldados no Mali para enfrentar militantes islâmicos, disse nesta sexta-feira (5) o chanceler Laurent Fabius durante visita a Bamaco, capital do país africano.
A França tem atualmente 4.000 soldados no Mali, como parte de uma ocupação militar iniciada há três meses, com o objetivo - já cumprido - de erradicar os rebeldes islâmicos que dominavam a maior parte do país.
Paris pretende retirar a maior parte do seu contingente até o final do mês, mas manterá uma presença definitiva para tarefas de apoio a uma futura missão de paz da ONU.
"A França propôs às Nações Unidas e ao governo malinês uma força de apoio com 1.000 homens, que seria permanente, baseada no Mali, e equipada para confrontar o terrorismo", disse Fabius antes de deixar Bamaco.
Uma fonte diplomática disse em Paris que a França espera que a força de paz seja aprovada em três semanas pelo Conselho de Segurança da ONU, e mobilizada até o final de junho ou começo de julho - antes, portanto, da eleição presidencial no Mali.


A ONU anunciou que apoia a intervenção militar da França no Mali. Uma nova guerra está começando. Na segunda-feira (14) à noite, o Conselho de Segurança da ONU deu o sinal verde à França e pediu pressa. Calcula que o país vá precisar de um contingente de três mil soldados de cinco países para combater os extremistas islâmicos.
O governo francês esta aumentando o numero de soldados no Mali de 550 para 750, e disse que poderia chegar a 2.500. Mas são os bombardeios aéreos que tentam frear os extremistas islâmicos. A ofensiva desses rebeldes e a tomada da cidade de Diabaly provaram que era urgente a intervenção da França para evitar que eles pudessem chegar à capital, Bamako.
O apoio e alívio da população local são majoritário. Na parte norte do Mali, a brutalidade dos rebeldes que estão impondo um governo religioso fez com que parte da população fugisse.
Mas muitos não conseguem. O Mali é um dos países mais pobres do mundo. A região, enorme e inóspita, faz parte do Deserto do Saara, o maior do mundo.
A possibilidade de desestabilização do Mali e da criação de uma espécie de um novo Afeganistão, base de terroristas, assusta a muitos governos na Europa. Mas, por enquanto, a França esta praticamente sozinha. Apenas britânicos, americanos e dinamarqueses vão ajudar um pouco na parte de logística.
Os riscos para a França são grandes. Os extremistas islâmicos já ameaçaram atos de vingança. Mas, a curto prazo, quem corre mais risco são os seis mil franceses que vivem em Bamako, no Mali, e os oito reféns franceses que estão nas mãos dos rebeldes.
Existe também a possibilidade de atentados na França existe, e o governo aumentou a segurança e o policiamento nas ruas.


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