quinta-feira, 24 de março de 2016

Um brasileiro na Legião Estrangeira narra a luta. Parte I



Deslocamo-nos de Beirute embarcados em caminhões que seguiram em comboio com destino à Líbia, passando pelo Cairo e por Alexandria. Prosseguimos a viagem por uma estrada asfaltada denominada Via Balbia, construída pelos italianos, e que percorria toda a extensão das costas da Cirenaica e da Líbia, numa distância de 935 milhas até o Egito. Ao cruzar a fronteira egípcia, começamos a encontrar os destroços dos combates que ali se travaram. Eram caminhões e carros de combate destruídos, campos minados, trincheiras, e cercas de arame farpado.

                                                        Acampamento da Legião na Síria


Tínhamos percorrido alguns quilômetros quando fomos atacados por uma formação aérea alemã. Após circular sobre nós uma vez, abriu fogo e nos metralhou. Recebemos ordens para pular dos caminhões e abrigar-nos.

Corremos para os lados da estrada, deitamos no saibro, protegidos por arbustos de meio metro de altura – único abrigo possível. Os aviões que nos atacavam eram Stukas e não perderam tempo. Dando a volta, vieram pela frente do comboio cuspindo fogo e, desta vez, acertaram dois caminhões que explodiram e se incendiaram. Mais uma vez deram a volta e vieram por trás. Para nossa surpresa, porém, apenas sobrevoaram o comboio em vôo rasante e foram embora. Possivelmente estavam sem munição.

Passado o susto, levantamos e corremos a verificar se algum companheiro tinha sido ferido. Felizmente, não. Os dois caminhões queimavam intensamente e as munições e granadas que carregavam explodiam sem cessar, impedindo que alguém se aproximasse para tentar salvar a carga. Afastado o perigo, limpamos a estrada e prosseguimos a viagem. Estávamos chegando à frente de combate e, nesse momento, diante do ataque que acabáramos de sofrer, sentíamos uma grande sensação de impotência – não pudéramos fazer nada para nos defender.

                                                                Bren Carrier da Legião


Quando ocupamos a área que nos coubera na costa, a linha de frente – se era possível assim chamá-la – denominada Linha Gazala, continuava em poder das forças aliadas. Tobruk estava agora ocupada por forças sul-africanas. Sidi rezegh, Belamed, El Aden e Gambut, por forças aliadas e Bir Hakeim, pelos franceses livres. Todas essas localidades eram cercadas por grandes áreas de campos minados, que formavam, no lado dos aliados, a linha de frente.
(...)

A Linha Gazala estendia-se da costa, através do deserto, até Bir Hakeim, resguardada por uma extensa e profunda barreira de minas espalhadas em várias áreas, que protegia uma cadeia de redutos providos de alambrados de arame farpado, trincheiras e casamata. Era defendida por infantaria e blindados das forças britânicas. No reduto de Bir Hakeim, eram responsáveis pela defesa as Forças Francesas Livres, comandadas pelo General Koenig. A 2ª Divisão sul-africanan e a 5ª hindu ocupavam Tobruk. Na retaguarda, o General Ritchie concentrou o grosso de suas forças blindadas, integradas pelas 1ª e 7ª divisões blindadas.


                                                         A posição de Bir Hakeim



O reduto de Bir Hakeim era defendido pela 13ª Meia Brigada da França Livre, comandada pelo General Koenig, que estava assim constituída: dois batalhões da Legião Estrangeira, sob o comando do Tenente-Coronel Amilakvari – um dos batalhões sob o comando do Capitão Babonneau e o outro, do chefe de Batalhão Puchoi; um batalhão de fuzileiros de Marinha, comandado pelo Capítão-de-Corveta Amyot D’Inville; o 1º Regimento de Artilharia do Comandante Laurent Champrosay; um corpo de Engenharia, comandado pelo Capitão Desmaisons; um grupo antitanque, comandado pelo Capitão Jacqoin, a Meia Brigada Colonial, comandada pelo Tenente-Coronel de Roux; o 1º de Infantaria de Marinha, do Comandante Savey; a 22º Companhia norte-africana, comandada pelo Capitão Lequesne – 3.600 homens vindos de todos os horizontes.

Além de Bir Hakeim, o patrulhamento era feito pela 3ª Brigada Motorizada indiana. Ainda além, comandos perambulavam pelo deserto. Parte da brigada indiana, num encontro com forças italianas, depois de combater bravamente, fora aprisionada. Em seguida, seus homens foram libertados e abandonados à própria sorte no deserto, sem equipamentos e sem água. Alguns não resistiram ao sofrimento e morreram. Outros, conseguiram alcançar o reduto onde estavam os franceses livres e juraram se vingar cortando o nariz dos italianos que encontrassem.

Os combates travados pelos franceses livres na defesa do reduto de Bir Hakeim e as batalhas em toda a extensão da Linha Gazala foram violentos, cruéis, destruidores.

A ofensiva de Rommel começou ao amanhecer do dia 26 de maio, com ataques aéreos aos aeródromos britânicos de Gambut e El Arid. À tarde, o Gruppe Cruewell iniciou sua ruidosa demonstração contra a frente da linha Gazala, auxiliado por elementos da principal força de ataque, visando a desorientar os britânicos quanto à direção do próximo ataque. A dissimulação teve sucesso apenas parcial, pois as patrulhas da 7ª Brigada Motorizada britânica já haviam informado a concentração de blindados alemães em torno da Rotonda Segnali. Às 20h30 min, o código “Venezia” foi transmitido aos aparelhos receptores alemães e o Panzerarmee Afrika avançou dentro da noite.

Em Bir Hakeim, o dia 26 de maio começara como todos os outros. O General de Larminat, comandante das Forças Francesas Livres no Deserto Ocidental, visitara a guarnição no dia anterior. Uma coluna comandada pelo Major Amiel operava bem à frente, sob as ordens da 7ª Brigada Motorizada. No começo da noite, Amiel comunicou o maciço movimento de blindados em torno da Rotonda Segnali. Ao anoitecer, uma avalanche de mensagens pelo rádio confirmava a informação de Amiel. Quando os Panzer se aproximaram, o destacamento francês recuou. (...)

Às 4h de 27 de maio, elementos da patrulha de Amiel recuaram para o interior do perímetro defensivo, trazendo a notícia de que forças leves alemães estavam próximas do extremo sul do campo minado. Pouco depois, as linhas terrestres de ligação com a 7ª Divisão Blindada e com o escalão de retaguarda francês ficaram mudas. O pessoal de comunicações que saiu para examinar os fios foi alvo de disparos. Às 7h30min, Koenig recebeu uma mensagem radiofônica da 7ª Divisão Blindada britânica, anunciando que a batalha começara e que a 4ª Brigada Blindada estava prestes a contra-atacar.

                                                           Bersaglieri Italianos no ataque



A brigada [britânica] foi vencida por volta das 6h30 min, após luta feroz mas tristemente desigual. (...)

As forças francesas livres, a postos desde o clarear do dia, aguardavam o ataque. Por volta das 8h, numerosos veículos apareceram ao sul da posição De início pensou-se que se tratava da 4a Brigada Blindada britânica, mas logo o engano se desfez, pois os veículos se desviaram e avançaram em formação de ataque. Eram os tanques M13/40 italianos da divisão Aríete. A primeira leva, integrada por cerca de 50 tanques, atacou a defesa sul às 9h. O ataque italiano foi desfechado com louvável ostentação, e embora as minas e os canhões antitanques tenham cobrado pesado tributo, seis tanques conseguiram entrar na posição e atracaram um posto de comando da legião. O Capitão Otte continuou dando ordens pelo telefone até que um tanque, colocando-se a uns 15 metros de distância, disparou uma granada contra o topo do seu abrigo. Otte queimou o galhardete de sua companhia para evitar que caísse em poder do inimigo. Preocupação prematura, pois alguns tanques inimigos foram liquidados pelos 75 mm, que atiravam a pequena distância; os fuzileiros da marinha também entraram na refrega com os seus Bofors. Os valentes legionários eliminaram os restantes, subindo com decisão por sobre eles e disparando através das fendas de observação dos carros.

Um segundo ataque, desta vez feito por 30 tanques, teve ainda menos êxito. Pouco depois das 10h os italianos se retiraram, tendo perdido 30 tanques, sete deles destruídos por um 75 guarnecido por legionários. Mais de sessenta homens foram aprisionados, entre os quais o coronel-comandante do 132º Regimento Blindado italiano. Esse oficial, embora ferido, mudara de tanque três vezes em virtude da destruição dos anteriormente ocupados por ele. Entre os franceses, somente um ficou ferido. Alguns suprimentos muito úteis foram retirados dos veículos italianos que, a julgar pelo que fora apanhando, eram bem abastecidos; traziam cobertores, presunto, conservas e água-de-colônia.

O ataque da Divisão Aríete, embora desfechado com determinação, fora firmemente repelido; Bir Hakeim não tornou a ser atacado naquele dia. À tarde, a chegada de uma mensagem provocou certa hilaridade. Nela, o coronel britânico que devia ter supervisionado os exercícios dos fuzileiros da marinha com os canhões Bofors lamentava que, devido à situação tática, não poderia realizar o planejado exame.

Houve várias pequenas ações, com patrulhas, na noite de 27 para 28 de maio, mais alguns italianos foram aprisionados. Na manhã do dia 28 houve muita atividade ao sul, onde os aviões da RAF mergulhavam seguidamente sobre as colunas alemãs. Por volta das 10h, o destacamento do Capitão Lamaze, da Legião, que cobria o campo minado norte, deu combate a vários carros blindados italianos a noroeste. Dois desses veículos foram atingidos pelo 75 mm e quatro penetraram no campo minado, onde logo explodiram.

À tarde, a Luftwaffe fez a primeira das suas freqüentes aparições. O Batalhão do Pacífico sofreu seriamente com os bombardeios, mas os fuzileiros da Marinha mostraram sua habilidade com Bofors, derrubando um dos aviões atacantes em meio a espessa cortina de fumaça. Um comboio de abastecimento chegou durante a noite, trazendo 40 toneladas de munição para os 75 mm. Aconteceram outras escaramuças durante a noite de 28 para 29 de maio, e mais italianos foram aprisionados pelos franceses. Durante todo o dia seguinte, o troar insistente das peças de artilharia foi ouvido ao norte, onde ocorria violenta batalha de blindados em torno de Knightsbridge. Rommel continou avançando para o norte durante todo o dia 28.
(...)

Para não perecer, o Afrika Korps precisava sair do anel de ferro em que se achava. Portanto, Rommel se concentrou no golpe contra a 150ª Brigada [inglesa], deixando um anteparo de canhões antitanque, bem temperado com morteiros 88 mm, para deter o restante do VIII Exército Britânico.

Enquanto os blindados alemães se agrupavam no “caldeirão”, as coisas corriam relativamente tranqüilas em Bir Hakein. Os comboios que passavam ao alcance da posição eram sempre atacados e patrulhas saíam à noite para desorganizar o sistema de abastecimento do Eixo.

Houve alguma infiltração inimiga pelo campo minado, ao norte; o destacamento do Capitão Lamaze foi bombardeado fortemente e recuou, temporariamente, para o principal perímetro defensivo.

Em 29 de maio, avolumando-se o número de prisioneiros de guerra, foi improvisada uma cerca para conte-los, e Koenig, elegantemente, desculpou-se com os oficiais capturados por não lhes poder oferecer acomodações mais confortáveis.

No dia seguinte, as patrulhas informaram que em torno de Bir Hakeim a área se encontrava livre de inimigos. Entretanto, eram visíveis os veículos agrupando-se a noroeste, esperando para atravessar o campo minado a fim de reabastecer os blindados de Rommel no “caldeirão”. Koenig intensificou o trabalho de patrulha, mandando também uma bateria de 75 mm juntar-se ao destacamento de Lamaze, para melhor cobrir o campo minado do norte.

No domingo, 31 de maio, não houve sinal de atividade do Eixo em torno de Bir Hakeim. O quartel-general do comando britânico, que repetidamente salientava a Koenig a importância de cobrir o campo minado, apesar de se mostrar satisfeito com o resultado da luta até então, preocupava-se com as brechas ainda existentes. Os tenentes-coronéis Amilakvari e Roux conduziam colunas motorizadas da Legião para hostilizar as forças inimigas através dessas brechas. A patrulha do primeiro obteve êxito considerável, destruindo vários tanques, mas sofreu violento contra-ataque, que causou baixas entre os legionários.

Um grande comboio de abastecimento chegou na noite de 31 de maio para 1º de junho. Com ele, veio o General Laminat, que se congratulou com Koenig e suas tropas, referindo-se elogiosamente ao moral da guarnição. O comboio partiu mais tarde, naquela mesma noite, levando 600 indianos, 170 prisioneiros e vários feridos franceses e do Eixo. Foi, entretanto, atacado no caminho. Granadas de 88 mm caíram alarmantemente perto dos caminhões que transportavam os prisioneiros.

Mensagens de rádio do comando britânico avisavam a Koenig que estivesse preparado para avançar. Assim, o escalão de retaguarda foi concentrado em Bir bu Maafes e a brigada preparou-se para sair.

Em 1º de junho, de junho, de manhã cedo, Koenig recebeu ordem de avançar. Os detalhes do movimento foram incluídos na Ordem de Operações nº 11 de Koenig. O Batalhão do Pacífico lideraria a brigada no avanço, e a coluna do Tenente-Coronel Broche, acompanhada por destacamentos de artilharia antiaérea e antitanque, partiu de Bir Hakeim às 9 h. O restante da brigada preparava-se para acompanhá-la quando chegou uma ordem do comando britânico cancelando qualquer avanço adicional.

A coluna de Broche prosseguiu para oeste e, após destruir um tanque e derrubar quatro aviões, chegou a El Telim ao anoitecer. Durante todo o dia, tanto o batalhão em avanço como a posição principal de defesa em Bir Hakeim foram submetidos a freqüentes ataques aéreos. Doze veículos, inclusive um caminhão de água, um caminhão-tanque de combustível e um caminhão de combate antiaéreo foram destruídos.

Os Stukas, terríveis bombardeiros de mergulho, atiravam-se assustadoramente ao ataque, lançando bombas que levantavam no ar espessa cortina de areia. Apesar de tudo, os fuzileiros da Marinha guarneciam seus Bofors com determinação, e derrubaram quatro Stukas nesse dia. O consumo de munição dos Bofors era qualquer coisa de extravagante. Mil cartuchos haviam chegado com a coluna de abastecimento na noite de 1º de junho, com a promessa de mais. Koenig decidira não descarregar os suprimentos. Um avanço ainda parecia provável, de modo que manteve os veículos à mão, mandando-os acampar mais ao norte, a fim de diminuir o perigo de ataque aéreo.

Na manhã de 2 de junho, Koenig pensou em ir ao quartel-general da 7ª Divisão Blindada a fim de obter informações sobre a batalha. Mas, reconsiderando a decisão, decidiu permanecer em Bir Hakeim, enviando o capitão Tomkins em seu lugar. A decisão de Koenig fora sensata. Tomkins encontrou uma patrulha alemã e foi capturado. Eram muito vagas as notícias sobre o progresso da coluna de Broche, pois o rádio do coronel funcionava mal, embora as demais ligações funcionassem perfeitamente. As mensagens de Broche eram desesperadamente truncadas e só com dificuldade a coluna era contatada.

Pouco depois do amanhecer, o Capitão Lamaze comunicou a presença de numerosos veículos ao norte. Koenig perguntou se ele estava certo de que os veículos eram hostís. Depois de alguma hesitação, seguida do comentário de que havia 50 tanques e 100 outros veículos à vista, ele respondeu que o seu destacamento já estava sendo alvo do ataque dos carros avistados.

Uma mensagem frenética foi enviada ao comboio, acampado fora do perímetro, e os caminhões se dispersaram, perseguidos por explosões de granadas. Nessa época, era normal que a posição, de manhã cedo, fosse envolvida por denso nevoeiro, e o dia 2 de junho não foi exceção. Protegidos por esse nevoeiro, um destacamento de infantaria da Marinha, comandado pelo Capitão Laborde, juntamente com a 22ª Companhia norte-africana, e uma bateria de canhões de 75 mm tomaram o setor desocupado pelo Batalhão do Pacífico. O esperado ataque não se concretizou. Em vez disso, dois oficiais italianos apresentaram-se aos postos avançados da Legião, trazendo uma bandeira branca. O Capitão de Sairgnè conduziu os italianos, de olhos vendados, ao posto de comando de Koenig. Os dois oficiais o cumprimentaram e o mais graduado começou a falar em italiano. Como nem Koenig nem o Tenente-Coronel Masson, chefe de seu estado-maior, entendiam este idioma, tudo quanto lhes foi dito pelo general italiano ficou no ar. Não obstante, pelo que puderam perceber, parecia que o comando do Eixo os aconselhava a render-se para evitar derramamento de sangue.

- Senhores! – respondeu Koenig. Levem a seus superiores nosso reconhecimento pela atitude tomada, mas digam-lhes que não haverá rendição.

Os italianos esforçaram-se, inutilmente, para convencer Koenig a mudar de idéia. Foram conduzidos para fora do perímetro e retornaram às suas linhas. Após a saída dos emissários italianos, Koenig enviou uma mensagem pelo rádio ao Batalhão do Pacífico para que retornasse, mandando também Lamaze “voltar imediatamente, há trabalho para você aqui”. Outra mensagem foi enviada ao esquadrão de retaguarda da brigada em Bir bu Maafes, proibindo-o de avançar. O General Koenig comunicou a seus comandantes de unidade que um ataque era iminente, e disse: “O General Rommel pediu que nos rendêssemos e nos ameaçou de extermínio. Recusei. No caso de uma penetração de tanques e de infantaria em nossas posições, permaneçam em seus postos e combatam o inimigo”.

Durante toda a tarde, quantidade crescente de granadas começou a cair sobre Bir Hakeim, embora os canhões de 75 mm do 1º de Artilharia respondessem dentro de suas possibilidades. O duelo da artilharia foi interrompido por uma repentina tempestade de areia e, com o anoitecer, os disparos foram diminuindo. No começo da manhã seguinte, o Batalhão do Pacífico, tendo sofrido algumas perdas na viagem, retornou a Bir Hakeim e reocupou o seu antigo setor no perímetro.

Quando o sol despontou, anunciando o nascimento de mais um dia sangrento, explosões dos canhões de campanha alemães de 105 mm deram aos franceses a certeza de que a batalha entrara em nova e mais séria fase. A guarnição de Bir Hakeim não fazia idéia da magnitude do conflito que se desenrolava no deserto, ao norte dali.
(...)

O contra-ataque [inglês] de Ritchie, feito depois de prolongada gestação, resultara em fracasso. Tendo eliminado a ameaça ao “caldeirão”, Rommel preparou-se tranqüilamente para cuidar da maior dificuldade de seu flanco – Bir Hakeim.

                                                         Fogo noturno de Bir Hakeim




Enquanto as esperanças britânicas desapareciam na poeira e na fumaça do “caldeirão”, a guarnição de Bir Hakeim era submetida a ataques aéreos cada vez mais pesados. Fontes alemães afirmam que 1.300 surtidas foram feitas contra Bir Hakeim, entre 2 e 9 de junho. Parte do poder de ataque da Luftwaffe fora eliminada pelos aviões da Força Aérea do Deserto, que conseguiram interceptar vários ataques alemães, sobretudo no dia 2 de junho, particularmente feliz para os pilotos aliados.

Nota do GrandesGuerras: o autor servia no 3º pelotão da 3ª Companhia do 1º Batalhão da Legião estrangeira, ligado à 13ª Meia-Brigada da Legião, com honras de combate de Camerone, 1863; Bergevik-Narvik, 1940; Kerem-Massaoua, 1941 e o batalhão sendo comandado pelo Capitão Paris de Bolladière.

O texto reproduzido aqui, por gentil autorização do autor, é parte do capítulo Bir Hakeim do livro, mas não a íntegra do mesmo. Recomendamos a compra do livro, que trata do recrutamento, treinamento e serviço do autor na Legião Estrangeira, bem como outras aventuras durante e depois da guerra.
Fonte deste artigo: Raul Soares da Silveira, Tempos de Inquietude e de Sonho.

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