quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Brigada de Combate a Incêndios Florestais / Tiro Quente - RJ

 BRIGADA ESPECIALIZADA EM COMBATE A INCÊNDIOS   FLORESTAIS EM MONTANHAS
            TIRO QUENTE - RJ           
PREVFOGO - IBAMA
ANJOS DA FLORESTA


Brigada Especializada em Combate a Incêndios Florestais em Montanhas, A Tiro Quente RJ é uma das Três brigadas especializadas do Brasil seguido de Rondônia e Brasília.
A Tiro Quente RJ esta Localizada no Rio de Janeiro, Formada por 28 Combatentes que viajam o Brasil combatendo os incêndios florestais a qualquer custo, muitas pessoas não sabem mais incêndios florestais podem durar dias até meses.

Nosso Lema: Treinamento Dificil Combate Facil.



                                                                   RIO DE JANEIRO

  RIO DE JANEIRO

                                                                     MINAS GERAIS

 MINAS GERAIS

 MINAS GERAIS



 MINAS GERAIS


MINAS GERAIS

O PrevFogo ao longo dos anos firmou diversas parcerias nacionais e internacionais para atuar conjuntamente em atividades de capacitação, prevenção e combate aos incêndios florestais. Entre suas parcerias nacionais podemos citar entre outras:

MMA e Codevasf - Projeto Piloto de Controle de Queimadas em Quatro Municípios da Bacia do Rio São Francisco.

Embrapa – objetivo de definir, planejar, coordenar e executar levantamentos, planos e ações destinadas ao aprofundamento do conhecimento técnico-científico no âmbito das tecnologias alternativas ao uso do fogo na agricultura, pecuária, silvicultura.

CNA – impressão e divulgação dos materiais elaborados pelo Prevfogo.

CNA/SENAR - implementação de um módulo de educação ambiental relacionado ao não uso do fogo em todos os cursos do Senar.

Prefeituras e outros órgãos – oferecer condições mínimas para atuação das brigadas.

E entre as parcerias internacionais podemos citar entre outras:

Acordo de Cooperação Bilateral entre Brasil e Colômbia.

Cursos de Capacitação a países em desenvolvimento – Brasil e países beneficiados – ABC e FAO.
Acordo de Cooperação Trilateral entre Brasil, Itália e Bolívia Extensão do Programa Amazônia sem Fogo.
Cooperação Técnica –  USDA-FS.

Cooperação Espanhola –  Aecid.

Cooperação GIZ, KfW e BMU – Prevenção, controle e monitoramento de queimadas irregulares e incêndios florestais no Cerrado.

                                                               RIO DE JANEIRO
                                                                   


                                                               ESPÍRITO O SANTO                                                            

                                                                  ESPIRITO O SANTO

                                                                 ESPIRITO O SANTO

                                                               ESPIRITO O SANTO

                                                                ESPIRITO O SANTO





Rede Sulamericana de Incêndios Florestais. 

A FAO em conjunto com seus países membro tem como objetivo o fortalecimento da capacidade regional dos países da América Latina e Caribe para prevenção, controle e combate aos incêndios florestais por meio do desenvolvimento de Estratégia Regional de Cooperação onde são estabelecidas redes sub-regionais de assistência mútua, com oficialização dentro da Comissão Florestal da América Latina e do Caribe (COFLAC). Esta Estratégia Regional inclui mecanismos de implementação acordados globalmente, assim como planos de trabalho das sub-regiões, que no caso da América do Sul, é a Estratégia de Cooperação da América do Sul para o Manejo de Fogo. Integram essa Estratégia de Cooperação, os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai, Peru, Uruguai e Venezuela, operando como Grupo de Trabalho desde 17 de junho de 2004, sendo denominada originalmente como Rede Regional Sulamericana de Incêndios Florestais.

A estratégia de atuação em redes regionais e internacionais se baseia na perspectiva de que a proteção do meio ambiente não pode ser efetiva sem diretrizes nacionais e internacionais coerentes que regulem o manejo do fogo nos diferentes ecossistemas, contribuindo para o correto funcionamento do sistema global de suporte à vida. No mundo existem várias Redes com as quais a sulamericana mantém contato, notadamente as Redes da Meso-américa e do Caribe, assim como com a Rede Mundial de Incêndios Florestais estabelecida dentro da Estratégia Internacional de Redução de Desastres das Nações Unidas (UNISDR-GWFN United Nations International Strategy for Disaster Reduction – Global Wildland Fire Network – http://www.fire.uni-freiburg.de).

 Além disso, o Brasil é reconhecidamente um país com importantes programas, projetos e atividades dentro da temática, tendo muito a contribuir, assim como a aprender com outros países.





Prioridades de atuação das Brigadas Federais


Prioridade 1: Combate em Áreas Protegidas
A. Dentro de Unidades de Conservação de Proteção Integral (federais, estaduais, municipais);
B. Áreas de Preservação Permanente;
C. Dentro de Unidades de Conservação de Uso Sustentável (federais, estaduais, municipais);
D. Reservas Legais;
E. Entorno de Unidades de Conservação de Proteção Integral (federais, estaduais, municipais);
F. Entorno de Unidades de Conservação de Uso Sustentável (federais, estaduais, municipais);
G. Terras Indígenas: com orientação e apoio da Funai e da comunidade.

Prioridade 2: Combate a incêndios em outras áreas
A. Florestas Públicas da União;
B. Áreas Florestais;
C.  Comunidades Tradicionais: apoio ao combate;
D. Projetos de assentamentos: apoio ao combate;
D. Incêndios em áreas rurais: apoio ao combate;
E. Incêndios Urbanos: apoio ao combate.

Prioridade 3: Ações de prevenção relacionadas ao tema fogo
A. Rondas preventivas;
B. Abertura e manutenção de aceiro;
C. Queima controlada: acompanhamento de queima em áreas devidamente autorizadas pelo poder público;
D. Ações de Educação Ambiental.

Prioridade 4: Apoio a ações socioambientais
Por exemplo: ações de despoluição de corpos d’água, mutirões de combate à dengue, sensibilização de famílias em áreas de risco, apoio a eventos de combate à fome e pela igualdade social, etc.



     Os Brigadistas se movem diante dos perigos e das altas chamas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Perguntas e Respostas sobre a Legião Estrangeira Francesa

                     Perguntas e Respostas

Aqui seguem as perguntas mais comuns sobre o ingresso na Légion Étrangère e suas respostas. Qualquer pergunta FORA dessa lista, por favor, pode, entrar em contato conosco diretamente pelo grupo Legião Estrangeira  e perguntar sem dó, estamos lá para ajudar. Mas se a pergunta já estiver aqui nesta listas, por favor, não perca o tempo de ninguém.

Quero me alistar na L.E. Aonde devo ir?
Todo recrutamento da Légion Étrangère é feito na França, preferencialmente em Paris ou Aubagne, nos 2 centros principais de recrutamento.
Paris: Fort de Nogent
Aubagne: Poste de recrutement et d’information de la Légion étrangère

Quanto eu vou gastar?
Depende. A cada mês/temporada o valor das passagens aéreas muda, não podemos ficar acompanhando junto à todas as companhias aéreas. Mas para ingresso na França (e no caso, em qualquer país da União Européia) você deve apresentar a passagem de volta já comprada, reserva de hotel para os dias em que for permanecer no país e uma quantia de pelo menos 65€ (euros) por dia. Porém, há casos e há casos. Conforme já informado por brasileiros que residem na Europa e por alguns de nossos amigos legionários, nem sempre eles vão conferir se você tem essa quantia em mãos. Mas não conte com a sorte, ou você estará indo por sua conta e risco. Na dúvida, preencha todos os requisitos legais para ter garantia de que você não chegará à França e será mandado de volta ao Brasil sem poder entrar no país.

Eu preciso falar francês para me alistar?
Não, conhecimento da idioma francês não é um requisito para o alistamento, porém é claro que ajuda. E demonstra interesse, você chegar um país que fala um determinado idioma já sabendo pelo menos o básico. Por recomendação PESSOAL, eu diria que é bom já aprender umas frases básicas, como aquelas ensinadas em guias de conversação para turistas. Para mais, caso você não possa pagar um curso de francês, a internet tem fontes ilimitadas e gratuitas para aprendizagem de outras línguas, E temos nossos meios de ajuda na página do Facebook.

Existe uma época específica para o alistamento?
Não, você pode ir quando quiser, qualquer mês ou dia, mas leve em consideração horário comercial para atendimento ao público (recomendação de legionários, embora o site diga 24 horas por dia, qualquer dia da semana.)

Eu sou/fui militar/policial no Brasil, isso vai ajudar de alguma coisa ao me alistar?
Não. Pode te ajudar à se adaptar melhor à vida militar dentro da L.E., mas durante os testes e seleção, todos são iguais, tratados iguais e passam pelos mesmos testes.

Quais são os testes?
Segundo a própria Légião, é uma bateria de testes, tanto físicos quanto psicológicos para determinar quem tem condições físicas E perfil para ser um legionários. Clique no link para maiores detalhes.

Quanto tempo levam esses testes?
Também depende de onde você se alistar. De acordo com o próprio site da Légion, 23 dias. Mas por via das dúvidas, compre as passagens com um intervalo bom, pelo menos entre 10 e 20 dias, até porque, caso você passe, não vai precisar da passagem de volta mesmo. E se por acaso não passar e precisar voltar ANTES do prazo, ou por algum motivo ficar mais tempo e perder o vôo, você pode reagendar o seu vôo para outra data (mediante o pagamento de uma multa, cujo valor varia dependendo da companhia aérea que você escolher)

Caso eu passe nos testes, aonde vou servir? Posso escolher entre os regimentos?
Depende. Normalmente apenas os melhores entre cada turma podem escolher especificamente aonde irão servir, com exceção da 13ª DBLE, onde só vão legionários mais experientes que já tem algum tempo de serviço e experiência. Os regimentos são:
  • 1e RE (Régiment étranger) – Base na cidade de Aubagne, sul da França (centro de informação e recrutamento)
  • 4e RE (Régiment étranger) – Base na cidade de Castelnaudary, sul da França (centro de instrução e treinamento dos novos legionários, anteriormente regimento de infantaria)
  • 2e REI (Régiment étranger d’Infanterie) – Regimento de Infantaria, baseado na cidade de Nîmes, no sul da França
  • 3e REI (Régiment étranger d’Infanterie) – Regimento de Infantaria, baseado na cidade de Kourou, na Guina Francesa (Norte da América do Sul, fronteira com o estado brasileiro do Amapá)
  • 1e REC (Régiment étranger de Cavalerie) – Regimento de Cavalaria Mecanizada (veículos blindados), baseado em Orange, sul da França
  • 1e REG (Régiment étranger de Génie) – Regimento de Engenharia armada, baseado em Laudun, sul da França
  • 2e REG (Régiment étranger de Génie) – Regimento de Engenharia armada, baseado em Saint-Christol, sul da França
  • 2e REP (Régiment étranger de Parachutistes) – Regimento de Paraquedistas, baseado na cidade de Calvi, na ilha de Córsica ao sul da França
  • DLEM (Détachement de Légion étrangère de Mayotte) – Destacamento da Légion em Mayotte, pequena ilha de Madagascar no leste africano
  • 13e DBLE (Demi-Brigade de Légion Étrangère) – Demi-brigada da Légion em Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos
Tenho formação em uma especialização X (médico, piloto de helicóptero ou avião, enfermeiro, professor de arte marcial, músico, engenheiro, etc). Tenho preferência na seleção? Existe um regimento próprio para mim?
Não. Porém seus conhecimentos serão sim utilizados pela L.E. depois que você entrar. Mas todo legionário passa pelos meus testes para entrar, todo legionário é primariamente combatente. Claro que se você possuiu uma formação que pode ser aproveitada pela Légion, será, mas lembre-se sempre que você é um soldado, um combatente e portanto é muito possível que você participe de missões e possivelmente combates como qualquer outro legionário.
P.S. a Légion não conta com pilotos de helicóptero ou avião, o regimento de paraquedistas e qualquer outro que necessita de apoio aéreo, conta com o Armée de l’Air, Força Aérea Francesa.

Se eu quiser desistir da Légion, posso sair?
Uma vez que você passa nos testes e assina o contrato de serviço, seu tempo mínimo de serviço é de 5 anos. Não é possível sair da Légion antes desse período. A única forma é desertar e fugir do país, porém caso você volte a pisar na França, será preso e mandado de volta para a Légion. Cuidado com isso. Não cabe à ninguém julgar os motivos que levam uma pessoa à desertar da Légion, porém esteja ciente de que isso terá consequências futuras caso você queria um dia retornar à França por algum motivo.

Caso eu não passe nos testes, o que acontece?
Nada. Você está livre para ir e fazer o que quiser na França (dentro do prazo de turismo) ou retornar para seu país de origem.

O que eu posso levar quando for me alistar? E o que não devo levar?
Segundo correspondência que recebi da própria Légion: 1 documento de identificação (com foto) como seu passaporte, com ou sem visto, roupas civis pra 5 dias (cueca, meia, etc), 1 par de tênis esportivos, material de higiene completo (escova de dentes, toalha, espuma de barbear e lamina de barbear, sabonete), dinheiro entre 30 e 60 euros no bolso (não mais que isso).
O que NÃO levar: moto, celular ou notebok, mp3 player, tablets, objetos de valor, talão de cheque, cheques individuais, cartão de crédito, etc.
 
Uso óculos. Posso me alistar ou eles não vão me aceitar?
Não tem problema, você pode fazer os testes normalmente e, se passar, será aceito. Desde que sua visão não seja MUITO comprometida sem os óculos, aí eu sugiro uma cirurgia corretiva.

Ouvi dizer que, ao nos alistarmos, a Légion muda nosso nome e nacionalidade, é verdade?
Antigamente sim. Porém desde 2010, não é mais obrigatório, embora você possa pedir caso queira.

Qual o salário de um legionário?
Clique aqui para mais informações.

Um legionário estrangeiro pode chegar a ser oficial?
Sim, mas os oficiais da Légion são mais comumente oficiais do próprio exército francês, mas não é impossível para um brasileiro, por exemplo, chegar a ser oficial na L.E.  de acordo com seu desempenho e mérito pessoal.

Mulheres podem se alistar na Légion?
Não. Devido à natureza do treinamento e forma de regime militar da Légion, ela é de ingresso exclusivo para homens.

Tem idade mínima ou máxima pra eu me alistar?
Entre 17 e 40 anos. Porém com 17 anos, por ser menor de idade, deverá estar acompanhado pelos representantes legais para assinatura do contrato e outros documentos. Em alguns casos, até os 41 anos você consegue permissão para fazer os testes, desde que aguente o físico e passe.

Quanto tempo eu posso ficar na Légion?
O contrato inicial é de no mínimo 5 anos. Após esse período, você pode estender seu contrato entre mais 6 meses e 3 anos. O período máximo que um legionário pode estender seu contrato dessa forma é até completar 15 anos de serviço ou mais, dependendo de seu cargo/hierarquia. Com 15 anos na Légion você pode se “aposentar” e a partir daí, recebe uma pensão da Légion pelo seu serviço. (Aparentemente este tempo está sendo estendido para 21 anos porém ainda não confirmado no próprio site da Légion.

Uma vez legionário, terei direito à férias?
Sim, a quantidade de dias depende do tempo de serviço.
1 ano de serviço: 20 dias de férias
2 anos de serviço : 35 dias de férias
3 anos ou mais : 45 dias de férias
P.S.: vale ressaltar que podem haver exceções dependendo do seu regimento, missões, e vários outros fatores.

Posso viajar para outros países quando estiver de férias?
Sim. Porém, é necessário autorização do comando (ou seu chefe de sessão), e ter se alistado com seu nome verdadeiro. E alguns países podem ser proibidos para legionários (por motivos de segurança).

Posso tirar férias na própria França? A Légion tem um lugar onde eu possa ficar?
Sim, a Légion possui uma estrutura para acomodação de legionários em férias, La Malmousque, em Marselha.

Um legionário pode casar? Comprar carro ou casa?
Sim mas existem algumas condições. Caso você seja casado, ao se alistar será registrado como solteiro. Caso queira se casar na França enquanto ainda na Légion, a condição (segundo o site) é de que o legionário deve prestar serviço com verdadeira identidade e ser sargento (ou primeiro-cabo com mais de 7 anos de serviço ou ainda legionário de primeira classe [segundo-cabo] com 10 anos de serviço). Para poder comprar um veículo, é necessário no mínimo 5 anos de serviço e autorização do comando. Quanto à casa, isso depende também da legislação francesa quanto à estrangeiros residindo no país, e essas informações podem mudar de acordo com as leis francesas, por esse motivo, aconselhamos uma pesquisa direto com o departamento de imigração francês.

Posso ganhar nacionalidade francesa? 
Sim, a nacionalidade francesa pode ser pedida após 3 anos de serviço. Caso não queria a nacionalidade francesa, pode pedir apenas autorização de moradia permanente na França.
Qualquer outra pergunta, ou dúvidas mais específicas sobre os tópicos, entre em contato no Blogger.

 

sábado, 3 de setembro de 2016

Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ)


A ideia de criar o BOPE surgiu após o trágico desfecho da ocorrência com reféns no Instituto Penal Evaristo de Moraes, conhecido como “Galpão da Quinta”, em 1974. Na ocasião o diretor do presídio, o Major PM Darcy Bittencourt, que era mantido refém pelos criminosos que tentavam fuga, foi morto juntamente com alguns presos após a intervenção da força policial. O então Capitão PM Paulo César de Amêndola, que presenciou o gerenciamento daquela crise, propôs ao Comandante Geral a criação de um grupo de policiais que fossem especificamente treinados para atuar em ações de extremo risco.
Dessa forma, em 19 de janeiro de 1978 foi criado o Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), instalado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), em Sulacap.
Os policiais que formaram o NuCOE eram voluntários, dotados de comprovada integridade moral e alguns possuíam especialização nas Forças Armadas, tais como o Estágio de Operações Especiais, Curso de Guerra na Selva ou o Curso de Contra Guerrilha – CONGUE (origem do Curso Especial de Comandos Anfíbios – ComAnf).
Em 1982, o núcleo mudou sua designação para Companhia de Operações Especiais (COE), passando a funcionar nas instalações do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), no Estácio. Após seis anos, o COE transformou-se na Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), porém sua instalação continuou sendo dentro do BPChq.
Finalmente em 1º de março de 1991 foi criado o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), ficando extinta a CIOE, mas permanecendo no interior das instalações do BPChq.
Somente em dezembro de 2000, a unidade ganhou instalações próprias, um antigo prédio abandonado no alto da comunidade Tavares Bastos, em Laranjeiras.
Em 2011, o BOPE passou a fazer parte do Comando de Operações Especiais (COE), que também inclui o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e o Grupamento Aeromóvel (GAM) . Por conta dos planos de segurança para a Copa de Mundo e Olimpíadas, a sede da unidade tem previsão de mudança para a região de Ramos, na área de um antigo quartel do Exército, com localização estratégica na cidade, tendo ligação direta com as principais vias expressas da cidade.



O que pouca gente tem conhecimento é que o BOPE possui dois projetos sociais. Eles tiveram início a partir da interação com a comunidade Tavares Bastos. Hoje esses projetos cresceram a tal ponto que pessoas de diversas partes da cidade fazem as aulas na sede do batalhão.
Além dos projetos, a unidade também possui uma banda gospel, formada por policiais e civis, que nas horas de folga ensaiam e participam de eventos religiosos. A banda Tropa de Louvor é também uma ótima ferramenta de interação com as comunidades ocupadas para instalação de UPP.





 Tropa de Louvor

Um grupo de policiais da unidade formou em 1995 a Congregação Evangélica do BOPE. Em 2009, integrantes dessa Congregação criaram a “Tropa de Louvor”, uma banda gospel com 14 integrantes entre policiais e civis. Eles também são conhecidos como “Caveiras de Cristo” e lançaram em 2010 o primeiro CD da banda.
Com o lema “se queres a paz, prepara-te para a guerra”, eles participam de cultos durante as ocupações do BOPE nas comunidades em processo de pacificação. Até hoje a maior missão da “Tropa de Louvor” foi a apresentação para 40 mil pessoas em 2012, durante um evento humanitário promovido pelo BOPE em Conquista – Nova Friburgo, após a tragédia das chuvas da Região Serrana.

Curso de Operações Especiais (COEsp)

O Curso de Operações Especiais (COEsp) surgiu no 2º semestre de 1978, ainda no primeiro ano NuCOE. Os policiais já cursados pelas Forças Armadas foram os primeiros instrutores da tropa. O curso tem por objetivo habilitar oficiais e praças graduados para a execução de missões especiais, bem como a manutenção do estado físico e atualização de conhecimentos especializados necessários ao bom desempenho em quaisquer missões especiais, com ênfase aos treinamentos visando ações em áreas urbanas.
O COEsp tem duração média de quatorze semanas e é realizado em período integral. Seu funcionamento ocorre na sede da unidade e em bases de instrução destacadas por todo território nacional.
As instruções no COEsp estão voltada à especialização do policial militar, com a execução intensiva de sessões práticas e teóricas que proporcionem um perfeito conhecimento e um acentuado adestramento para o cumprimento de missões especiais atribuídas ao BOPE. O curso inclui toda grade curricular do CAT, além de outras instruções específicas, como mergulho autônomo, vida na selva, montanhismo, paraquedismo, explosivos, combate policial em áreas de alto risco e outras.

Curso de Ações Táticas

No ano de 1996, o BOPE viu a necessidade de aumentar seu efetivo devido aos inúmeros empregos de sua tropa. O Curso de Ações Táticas (CAT) surgiu como um condensado do COEsp, específico para cabos e soldados.
O Curso de Ações Táticas tem por objetivo capacitar os praças técnica, física e psicologicamente a cumprir missões de natureza não convencional, que exijam comportamento e habilidades específicas.
O CAT tem duração de cinco semanas e suas instruções ocorrem na sede da unidade e em outras bases de instrução destacadas no Estado do Rio de Janeiro.
Fazem parte das instruções do CAT: Instrução Tática Individual, Operações em Altura, Socorros de Urgência, Combate Corpo a Corpo, Técnicas Especiais de Tiro, Táticas Especiais, Técnicas Especiais de Patrulha entre outras.




 Oração

“Oh Poderoso Deus!
Que és o autor da liberdade e o campeão dos oprimidos,
Escutai a nossa prece!
Nós, os homens das Forças Especiais
Reconhecemos a nossa dependência no Senhor
Na preservação da liberdade humana;
Estejais conosco, quando procurarmos defender os indefesos e libertar os escravizados!
Possamos sempre lembrar, que nossa nação, cujo lema é:
‘Ordem e Progresso’,
Espera que cumpramos com nosso dever,
Por nós próprios, com honra,
E que nunca envergonhemos a nossa fé, nossas famílias ou nossos camaradas,
Dai-nos sabedoria da tua mente,
A coragem de seu coração,
A força de seus braços e a proteção das suas mãos.
É pelo Senhor que nós combatemos
E a ti pertence os louros por nossa vitória.
Pois Teu é o Reino, o Poder e a Glória para sempre,
Amém!”


Força e Honra !!




 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

COMANDOS, FORÇA, BRASIL !

Em 1957, a saga das Operações Especiais dava início no Exército Brasileiro com a criação do primeiro curso vocacionado para essas atividades, o Curso de Operações Especiais. Não surpreendentemente, essa saga teve que valer-se daquilo que é essencial para qualquer tropa – o ensino, necessário à especialização do mais importante componente da instituição, o homem.

                                                              A FACA NA CAVEIRA
Este é o símbolo da tropa de comandos do brasil. A caveira simboliza a morte, que está sempre presente em uma ação de comandos. A faca com a lâmina vermelha significa o sigilo de uma missão dos comandos e o sangue derramado pelos combatentes. O fundo verde representa as matas do Brasil, e o negro é a noite escura, momento ideal para a execução de uma ação de comandos. 

 
O Comandos tem como missão realizar ações de captura, resgate, eliminação, interdição e ocupação de alvos compensadores do ponto de vista estratégico, operacional ou tático, situado em área hostil ou sob controle do inimigo, em tempos de paz, crise ou conflito armado, visando contribuir com a consecução de objetivos políticos, econômicos, psicossociais ou militares. Para cumprir tais missões, o batalhão é moldado de forma a ter garantidas as seguintes possibilidades: - realizar infiltrações e exfiltrações terrestres, aéreas e aquáticas; - atuar em qualquer ambiente operacional, particularmente em regiões semi-áridas, de montanha, de planalto e de selva; -Conduzir o fogo terrestre, aéreo e naval; - participar em conjunto com outras FOpEsp, de operações contraterrorismo e de guerra irregular; - realizar operações contra forças irregulares; - realizar operações de reconhecimento especial, principalmente em proveito próprio; -realizar outras operações de inteligência de combate; -assessorar outras forças quanto ao emprego dos elementos operacionais de comandos.





Ser voluntário, do sexo masculino e ter requerido a inscrição dentro do prazo vigente; Ser oficial, ser 2º Tenente, 1º Tenente ou Capitão de carreira das Armas, Quadro de Material Bélico, Serviço de Intendência e Serviço de Saúde; Ser praça, ser 3º Sargento ou 1º/2º Sargentos, de carreira, das Qualificações Militares de Subtenentes e Sargentos (QMS), Combatente e Logística, e estar, no mínimo, no comportamento 'Bom'; Ser voluntário para servir na Bda Op Esp; e Estar, no mínimo, há um ano na OM.  


                                                    COMANDOS, FORÇA, BRASIL!

sábado, 18 de junho de 2016

Participação do Brasil Nas Forças de Paz da ONU

O Brasil foi um dos membros fundadores da Liga das Nações, logo após o final da 1a Guerra Mundial. Essa organização destinava-se a promover a convivência harmônica entre as nações. Infelizmente, devido às diversas condicionantes que impediram a resolução dos conflitos que motivaram a 1a Guerra, alguns anos após a sua fundação a Liga das Nações esvaziou-se, sendo impotente para evitar a deflagração da 2a Guerra Mundial.
O término da 2a Guerra, de consequências terríveis para a humanidade, fez ressurgir o desejo de criar uma organização destinada a fomentar a paz mundial, o que aconteceu com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945. O ato inicial da ONU contou com a participação de algumas poucas nações, dentre elas mais uma vez estava o Brasil, reafirmando a firme convicção do povo brasileiro na alternativa diplomática para solução dos conflitos internacionais, buscando evitar a ocorrência de novas guerras.
A atuação da ONU no propósito de evitar a guerra e manter a paz, está firmemente ancorada no seus dois órgãos máximos, a Assembléia Geral e o Conselho de Segurança, sendo que este último sobrepõe-se ao primeiro no que tange à execução das operações de paz.
Logo após a criação da ONU, em 1948, houve a primeira missão de paz internacional destinada a supervisionar o cessar-fogo na Guerra da Palestina. Desde então, com mandatos diversos, as Forças de Paz da ONU têm atuado em todos os continentes, em uma sucessão de missões, largamente bem-sucedidas nos seus propósitos.
O Brasil, fiel aos princípios que nortearam a sua adesão à ONU, como um dos seus países fundadores, tem participado ativamente das missões de paz, enviando militares brasileiros das Forças Armadas e Polícias Militares para representarem o Brasil na luta pela paz.




Desde a sua criação, até o presente, soldados brasileiros estiveram presentes nas seguintes missões:

Primeira Força de Emergência das Nações Unidas em Suez - UNEF
A primeira participação brasileira nas Forças de Paz, com o “Batalhão Suez”, constituído de um Batalhão de Infantaria de aproximadamente 600 homens enviados anualmente ao Egito, de janeiro de 1957 a julho de 1967, com a missão de manter a paz entre os exércitos egípcios e israelenses.

 

Nova Guiné Ocidental - UNSF
Dois observadores militares brasileiros provenientes do Batalhão Suez foram enviados para a Força de Segurança das Nações Unidas na Nova Guiné Ocidental, de 18 de agosto a 21 de setembro de 1962.

Missão de Representante Permanente do Secretário-Geral da ONU na República Dominicana - DOMREP
O Brasil enviou um observador militar para a Missão do Representante Permanente do Secretário-Geral da ONU na Republica Dominicana, de maio de 1965 a outubro de 1966.

Missão de Observação das Nações Unidas na Índia e no Paquistão - UNMOGIP
O Brasil cedeu dez observadores militares para a Missão de Observação das Nações Unidas na Índia e no Paquistão, de 1965 a 1966.


Primeira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola - UNAVEM I
Esta missão destinava-se a supervisionar a saída das tropas de Cuba do território angolano. De janeiro de 1989 a maio de 1991 contou com a participação de oito observadores e militares de Saúde do Brasil, encarregados do apoio específico aos integrantes da missão.


Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central - ONUCA
A Missão das Nações Unidas para a América Central foi implementada em 1989, com a finalidade de promover e estimular, em cinco países da América Central (Costa Rita, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua), a desmobilização voluntária, dos “contras” atuantes na área. 21 militares brasileiros atuaram como observadores, o que propiciou o estabelecimento da Missão das Nações Unidas para El Salvador (ONUSAL) em El Salvador, e da Missão Desminado, esta com o encargo da limpeza de campos de minas na Nicarágua, sob a égide da OEA.


Segunda Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola - UNAVEM II
O Brasil continuou contribuindo para o segundo mandato da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola, de maio de 1991 a fevereiro de 1995, com oito observadores militares, nove observadores policiais militares e uma unidade médica.


Missão de Observação da Nações Unidas em El Salvador - ONUSAL
De julho de 1991 a abril de 1995, o Brasil contribuiu para a missão em El Salvador com 67 observadores militares, 15 observadores policiais militares e uma unidade médica (de abril a maio de 1992). O objetivo da missão era verificar os acordos negociados entre o governo salvadorenho e a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN).


Moçambique - ONUMOZ
A Missão das Nações Unidas para Moçambique foi estabelecida em 1992, para verificar os acordos gerais de paz assinados entre o governo de Moçambique e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). De janeiro 1993 a dezembro 1994, o Brasil contribuiu com 26 observadores militares, 67 observadores policiais militares, uma unidade médica e, de junho a dezembro de 1994, com uma companhia de infantaria de 170 militares.


Missão de observação das Nações Unidas em Uganda-Ruanda - UNAMIR
De agosto de 1993 a setembro de 1994, o Brasil manteve dez observadores militares em Uganda e Ruanda, atuando no conflito étnico-militar, entre o governo de Ruanda e a Frente Patriótica Ruandense (RPF). De outubro de 1993 a fevereiro de 1994, o Brasil forneceu também uma equipe médica.



Força de Proteção das Nações Unidas na Antiga Iugoslávia - UNPROFOR
O Brasil enviou um contingente de 23 observadores militares e 10 observadores policiais militares para a Força de Proteção das Nações Unidas na antiga Iugoslávia, de agosto de 1992 a dezembro de 1995. O objetivo da Força de Proteção das Nações Unidas foi criar as condições de paz e segurança necessárias à consecução de um acordo geral de paz naquele País.


Terceira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola - UNAVEM III
Criada após a assinatura dos acordos de paz entre o Governo angolano e a UNITA, a missão teve por finalidade a verificação do cessar-fogo, a desmobilização ou a reintegração das tropas das partes em conflito às forças armadas angolanas e a realização do segundo turno das eleições gerais no país. De agosto de 1995 a julho de 1997, o Brasil contribuiu com um batalhão de infantaria (800 homens), uma companhia de engenharia (200 homens), dois postos saúde avançados (40 médicos e assistentes), aproximadamente 40 oficiais do Estado-Maior, uma média de 14 observadores militares e 11 observadores policiais militares. O Brasil chegou a ser o maior contribuinte de tropas para a UNAVEM III, que durante quase dois anos foi a maior operação de paz das Nações Unidas.


Croácia - UNPF
Com a assinatura dos acordos de paz para a região, permaneceram contando com a participação brasileira as missões: Administração Transitória das Nações Unidas na Eslavônia Oriental (UNTAES); Observadores Militares da ONU na Península de Prevlaka (UNMOP); e a Desdobramento Preventivo das Nações Unidas (UNPREDEP), que substituíram a antiga UNPROFOR.


Missão de Observação das Nações Unidas em Angola - MONUA
De julho de 1997 a fevereiro de 1998, o Brasil contribuiu, durante todo o mandato da Missão de Observadores das Nações Unidas em Angola com uma média de quatro observadores militares, aproximadamente 20 observadores policiais militares e dois oficiais que atuaram no Estado-Maior da missão. Em março de 1999, o Brasil passou a ceder uma unidade médica, composta por 15 militares do Exército.





Missão das Nações Unidas em Prevlaka - UNMOP
O Brasil participa com um observador militar da Missão de Observadores das Nações Unidas na Península da Prevlaka, Croácia, desde janeiro de 1996. De 1996 a 1999 a missão esteve a cargo da Força Aérea Brasileira, estando hoje sob responsabilidade do Exército Brasileiro.


Força das Nações Unidas no Chipre - UNFICYP
O Embaixador Carlos Alfredo Bernardes atuou como Representante Especial do Secretário-Geral da ONU no Chipre, de setembro de 1964 a janeiro de 1967. A partir de 1995 o Brasil passou a integrar permanentemente a missão com dois militares brasileiros incorporados ao Batalhão de Infantaria argentino que serve na em Chipre.


Missão de Verificação das Nações Unidas de Guatemala - MINUGUA
O Brasil participa, desde outubro de 1994, da Missão de Verificação na Guatemala, para monitorar o respeito aos direitos humanos, com quatro oficiais de ligação do Exército a 13 observadores policiais militares. Em 1995, com a desmobilização da União Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG), a missão foi reforçada por observadores militares que tiveram por atribuição assistir a esse processo.


Timor Leste - UNAMET, INTERFET, UNTAET e UNMISET
Desde julho de 99 o Brasil participa permanentemente das sucessivas missões das Nações Unidas em Timor Leste para imposição de paz, com uma média de 120 militares, composta de oficiais observadores militares, integrantes do quartel general das Forças de Paz, uma companhia de Polícia do Exército e um grupo de policiais militares em serviço operacional, sendo hoje um dos maiores contribuidores de forças para a missão.

Haiti - MINUSTAH
Iniciada em 2004, graças em grande parte aos esforços diplomáticos do Brasil, a missão destina-se a impor a paz, estabilizando a ordem pública no Haiti. O Brasil compõe os maiores efetivos das Forças de Paz, com cerca de 1.500 militares do Exército, Marinha e Polícias Militares.




Missões de paz, fora da ONU

Força Interamericana de Paz - FIP OEA
O Brasil participou da Força Interamericana de Paz, criada pela OEA para intervir na crise política que havia eclodido na República Dominicana (1965 - 1966). A Força Interamericana - Brasil (FAIBRAS) foi empregada com um efetivo de um batalhão reforçado, com tropas da Marinha e Exército Brasileiro.



Missão de Observadores Militares do Equador - Peru - MOMEP
A Missão de Observadores Militares Equador - Peru foi criada em 1995 para solucionar o conflito fronteiriço entre aqueles países. Foi concluída com pleno êxito em 1999. O Brasil teve a participação de aproximadamente 191 militares, entre coordenadores-gerais, observadores militares e grupo de apoio. Esta missão não foi realizada pela ONU, mas representa também uma típica atuação de força de paz.


Missão de Auxílio à Remoção de Minas na América Central - MARMINCA
A Missão de Assistência à Remoção de Minas atua sob a égide da Junta Interamericana de Defesa da OEA. Realiza a preparação de pessoal especializada em trabalhos de desminagem, e supervisionando a limpeza de áreas minadas em países da América Central como Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, e Nicarágua. O Brasil tem militares do Exército na missão, atuando como instrutores e supervisores de limpeza de campos de minas.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti


 Os objetivos da missão
  1. Estabilizar o país;
  2. Pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes;
  3. Promover eleições livres e informadas;
  4. Fornecer alimentos para os haitianos;
  5. Formar o desenvolvimento institucional e econômico do Haiti.
A missão está no país desde junho de 2004 e era chefiada pelo diplomata tunisiano Hédi Annabi, que faleceu em 12 de janeiro, durante o terremoto de 2010. A sua morte foi confirmada no dia seguinte pelo presidente René Préval.
Em outubro de 2010, o Conselho de Segurança da ONU decidiu ampliar o mandato da MINUSTAH até 15 de outubro de 2011 e reafirmou seu compromisso de ajudar na reconstrução do país, após o terremoto de janeiro de 2010.





Helicóptero Chileno 
No ano de 2001, Jean-Bertrand Aristide venceu as eleições presidenciais, sendo que menos de 10% da população votou. A oposição negava-se a aceitar o resultado, criando um impasse. No ano de 2004, por meio de negociações mediadas pela comunidade internacional, em especial a OEA e o CARICOM, Aristide aceitou dissolver seu gabinete ministerial. No entanto, a oposição continuou insatisfeita, e a violência que surgiu no início do mês de fevereiro na cidade de Gonaïves se espalhou pelo país.
As forças rebeldes começaram a ocupar todas as cidades importantes do país, quase sem nenhuma resistência. França e Estados Unidos culpavam Aristide pela onda de violência, enquanto os países do CARICOM pediam pela manutenção da democracia no país.
Com a renúncia de Aristide   e seu quase imediato exílio na República Centro-Africana, o Conselho de Segurança das Nações Unidas cria a resolução 1592 de 2004, que solicita a criação de uma força internacional para assegurar a ordem e a paz no Haiti. No entanto, Aristide denuncia que fora sequestrado por fuzileiros norte-americanos, sendo então forçado a renunciar por um grupo de haitianos e civis norte-americanos com a anuência do governo brasileiro informação negada pelos Estados Unidos. Esta ação também teria tido o apoio do governo francês.
Após negociações, e por ter o maior contingente, o Brasil assumiu o cargo de coordenação da recém-formada Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti.

Início das atividades


Soldado brasileiro com uma menina haitiana.
As forças de paz foram comandadas pelo General de Divisão brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
Em um gesto de demonstração de boa-vontade das tropas brasileiras com o povo haitiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou a Seleção Brasileira de Futebol a participar de uma partida com a Seleção Haitiana de Futebol. Com o apoio da FIFA, o chamado Jogo da Paz foi realizado em 19 de agosto de 2004 na capital haitiana, Port-au-Prince. O time brasileiro ganhou de 6 a 0.
O Gen. Heleno Ribeiro foi substituído em 1º de setembro de 2005 pelo general Urano Teixeira da Matta Bacellar. Em de 7 de janeiro de 2006, o General Bacellar foi encontrado morto em seu quarto de hotel. Suspeita-se que tenha cometido suicídio. Com isto, o Exército Brasileiro enviou uma delegação para investigar a causa da morte. Assume como comandante interino das forças de paz o general chileno Eduardo Aldunate Herman.

No dia 9 de janeiro, os empresários e comerciantes de Port-au-Prince realizam uma greve-geral de um dia como protesto à violência no país, principalmente pela escalada de sequestros no mês de janeiro de 2006.
Em 11 de janeiro de 2006, o Instituto Médico Legal (IML) de Brasília divulga laudo do qual o general Bacellar cometera suicídio Em 12 de janeiro, as Nações Unidas declaram o mesmo, corroborando a afirmação feita pelas autoridades brasileiras.


Porto Príncipe (Haiti) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante visita às tropas brasileiras que participam da missão de paz da ONU para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). 
Em 18 de janeiro, o general brasileiro José Elito Carvalho Siqueira, foi escolhido como substituto do general Bacellar pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
No dia 11 de janeiro de 2007 o então general-de-brigada Carlos Alberto dos Santos Cruz assumiu o comando da MINUSTAH,  permanecendo até abril de 2009, quando foi substituído pelo General Floriano Peixoto Vieira Neto.

A MINUSTAH dez anos depois

Dez anos depois do início da Missão, os haitianos têm demonstrado insatisfação diante da longa permanência de tropas da ONU no seu país. Por duas vezes - em setembro de 2011 e maio de 2013 - o senado haitiano aprovou, por unanimidade, resoluções exigindo o fim da Minustah. Entretanto, o Conselho de Segurança da ONU decidiu manter as tropas no Haiti até 2016. "Quando um país mantém tropas em outro, sem que este o queira, estamos diante de uma ocupação. Não existe outra maneira de chamar", declarou o senador haitiano Jean Charles Moise, durante visita ao Brasil, em maio de 2014. Na ocasião, Moise, que faz oposição ao governo de Michel Martelly, fez um pedido: "O que posso dizer aos brasileiros é que suas tropas não podem nos ajudar lá. Queremos a ajuda dos brasileiros, por isso pedimos que o Brasil substitua seus tanques de guerra por tratores agrícolas".
A ocupação tem sido acusada de colaborar com a repressão e a corrupção e a epidemia de cólera de 2010, na qual soldados nepaleses com cólera defecaram no Rio Artibonite, contribuindo para a disseminação da doença que tinha sido erradicada desde o século 19 no país. A ONU afirmou que não indenizaria as vítimas. Em 22 de dezembro, começaram as primeiras manifestações populares exigindo a apuração de denúncias de compra de votos na eleições haitianas de 2010 reprimidas pela Minustah. Em 27 de dezembro de 2010, o representante da OEA no Haiti, Ricardo Seitenfus, foi demitido por críticas à ocupação na imprensa.
Os soldados nepaleses também cometeram crimes quando começaram a usar serviços de bordéis haitianos. Em 2012 se realizou um estudo feito pela Universidade de Colúmbia em que 65% dos haitianos se manifestaram contra a ocupação.

Comandantes militares da MINUSTAH

Países contribuintes

Abaixo uma lista com os países que contribuem para a formação da força multinacional das Nações Unidas para a estabilização no Haiti.

Efetivos militares

Argentina, Benim, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Croácia, Equador, Espanha, França, Guatemala, Índia, Jordânia, Marrocos, Nepal, Paraguai, Peru, Filipinas, Sri Lanka, Estados Unidos e Uruguai.
Atualmente, as tropas argentinas estão sediadas na cidade nortista de Gonaïves,] uma das zonas de mais conflito no país. A presença militar chilena se concentra principalmente no porto de Cap Haitien,também ao norte do país. Tropas de outros países cometeram abusos.

Força policial e civis

Argentina, Benin, Brasil, Burkina Faso, Camarões, Canadá, Chade, Chile, China, Colômbia, Egito, El Salvador, França, Granada, Guiné, Jordânia, Madagascar, Mali, Maurícia, Nepal, Níger, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Romênia, Federação Russa, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Espanha, Togo, Turquia, Estados Unidos, Uruguai, Vanuatu e Iêmen
Atualmente (2014) o Brasil conta com o maior efetivo de Polícia Militar já empregados no Haiti, com um total de dezenove policiais militares:
  • 12 policiais militares da PMDF;
  • 02 policiais militares da PMPE;
  • 01 policial militar da PMAL;
  • 01 policial militar da PMSP;
  • 01 policial militar da PMERJ;
  • 01 policial militar da PMCE.
O Brasil hoje representa 2,1% do efetivo de policiais na MINUSTAH. Dos dezoito UNPOLs, dois são policiais femininos.

Baixas

Desde que a missão de paz começou, em junho de 2004, 38 integrantes morreram. O incidente mais recente ocorreu em 12 de janeiro de 2010, por ocasião do grande terremoto que abalou o país, quando morreram 18 militares do Exército Brasileiro, um policial militar e um civil, também integrante da MINUSTAH, o brasileiro Luís Carlos da Costa, que ocupava o cargo de vice-presidente especial do secretário-geral da ONU.


Um soldado brasileiro na Cité Soleil, Porto Príncipe, 2010.
Militares
Além dos 18 militares falecidos em consequência do terremoto de 2010 também morreram durante a missão:
  1. General Jaborandy, por infarto durante viagem ao Brasil.
  2. General Bacellar, por suicídio;
  3. Cabo da Marinha do Brasil que não fazia parte do contingente da força de paz. Estava no navio brasileiro que levava mantimentos, equipamentos militares e soldados para o país caribenho. Morreu quando praticava exercícios físicos a bordo.
  4. No dia 2 de agosto de 2007, por volta das 19:45 (hora local - Haiti), no Ponto Forte Dourados, bairro de Boston - Porto Príncipe, o soldado Rodrigo da Rocha Klein, de 21 anos, natural de São Luiz Gonzaga (Rio Grande do Sul), originário do 4º Regimento de Cavalaria Blindado, onde servia desde 2004, sofreu um acidente no momento que se deslocava na laje do ponto forte. Tropeçou em um fio de alta tensão da rede pública e recebeu uma descarga elétrica, vindo a falecer no local.
  5. Tenente Coronel Gero Adriano Saldanha dos Santos, vítima de explosão de uma mina terrestre;
  6. No dia 1º de maio de 2008, faleceu o 3º Sgt FN Carlos Freires Barbosa, 36 anos, vítima de aneurisma cerebral.
Policiais civis
  • Canadá: 1

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